Astros – fatos que nos conectam

Veja 4 fatores essenciais da vida humana que comprovam cientificamente a nossa ligação direta com os Astros; somos poeira de estrelas.

Olhar para o céu e tentar entender os astros é algo que acompanha os humanos desde sempre.

É lá que costumamos buscar respostas para a orgiem da vida.

Pinturas em cavernas feitas há 40 mil anos atrás, já mostravam o nosso interesse pelas constelações, posições das estrelas, visualização dos cometas e suas relações com a passagem do tempo.

Milhares de anos antes dos sofisticados aparelhos de observação astronômica, nossos antepassados já começavam a fazer os primeiros cálculos de localização dos corpos celestiais.

É graças a este esforço que construímos as civilizações presentes nos nossos registros históricos.

1. Poeira de Estrelas

Os estudiosos da astronomia costumam dizer que nós, seres vivos, somos feitos de “poeira de estrelas”.

Isso se deve ao fato de que a maioria dos elementos químicos que compõem o corpo humano e o corpo dos demais seres vivos foi formada em estrelas.

Estamos falando de elementos como carbono, oxigênio, enxofre, nitrogênio, magnésio e a maior parte dos elementos que estão presentes na tabela periódica.

Esses elementos químicos existiram em estrelas que viveram bilhões de anos atrás e que foram continuamente explodindo e se reconstruindo.

Segundo o professor Dr. em Astrofísica Marcelo Girardi Schappo,

nesse processo, as estrelas formaram uma “núvem inicial” que deu origem ao Sol, e a todo o nosso sistema solar, inclusive a nossa morada, a Terra.

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Imagem gerada por IA generativa

A combinação dos elementos químicos ou átomos presentes nessa “núvem cósmica”, permitiu a formação de gases, minerais e água – elementos fundamentais para a formação das perfeitas condições que possibilitam o surgimento e a evolução da vida na Terra.

Essa núvem estelar surge após uma estrela perder a capacidade de realizar o processo que a torna viva, chamado Fusão Nuclear.

Quando isso acontece, a estrela literalmente explode e morre, se espalhando e perdendo a capacidade de manter a concentração da sua massa.

Desta maneira, seus elementos químicos acabam por se espalhar e enriquecer ou nutrir quimicamente o ambiente interestelar.

Esse é um processo muito longo, que se eestende por cerca de 13 bilhões de anos.

2. Construção das civilizações

No dado momento em que a humanidade percebeu que o planeta Terra tem 4 estações climáticas, define-se uma grande pilar estrutura básica ou fundação para o desenvolvimento das civilizações mais antigas.

Hoje sabemos que as estações se opõem nos hemisférios norte e sul por causa da inclinação da Terra em relação ao Sol.

Como a terra está inclinada em seu eixo, o Sol incide de forma diferente, em diferentes partes do globo, enquanto a Terra faz seu movimento em torno do Sol.

Assim, a energia do Sol chega com mais intensidade nos meses de primaavera e verão e menos intensidade nos meses de outono e inverno.

Nossos antepassados não tinham esse conhecimento de forma tão detalhada, mas eles aprenderam a identificar os padrões climáticos do planeta observando o céu.

Identificaram as datas de Solstícios e Equinócios, dias com mais ou menos luz dentro do período de um ano.

Perceberam também que algumas constelações só apareciam no céu do verão e outras no céu de inverno.

Entender o funcionamento climático de uma determinada região foi fundamental para a transição se uma vida nômade para uma vida sedentária.

Dessa forma foi possível desenvolvermos culturas agrícolas e assentamentos cada vez maiores dando origem às primeiras aldeias e cidades.

3- Navegações – expansão e exploração

A capacidade de navegar e cruzar mares e oceanos revolucionou mais uma vez o nosso desenvolvimento humano e social.

Os principais métodos de navegação da história foram guiados pelas estrelas.

Na constelação do Cruzeiro do Sul, por exemplo, uma das estrelas quase que aponta ao polo Sul da Terra.

No hemisfério Norte, a estrela polar na constelação da Ursa Menor, é usada como indicativo do norte.

Com isso, os navegadores tinham uma noção de onde estavam os pontos cardeais e podiam assim, traçar as suas rotas.

Hoje, centenas de anos depois, a navegação via satélite continua se apoiando no conhecimento astronômico.

4- Ciclos Biológicos

Os nossos ciclos biológicos também são ligados ao Sol.

As nossas atividades, rotina e hábitos estão completamente em função da divisão dos períodos noturno e diurno.

Plantas e animais, todos seguimos e vivemos em função do ritmo e do movimento dos astros.

Esses fatores são estudados por um campo chamado cronobiologia que investiga o nosso relógio biológico e como os diferentes ciclos e ritmos da Terra impactam os seres vivos.

Entender como o corpo se regula entre o dia e a noite, ou seja, o Ciclo Circadiano, tem implicações para a saúde e o desempenho físico.

A medicina esportiva estuda, por exemplo, como a hora em que praticamos atividades físicas influencia a nossa performance nos exercícios.

De modo geral, parece que é do meio para o final da tarde que a nossa capacidade chega ao ponto mais alto em velocidade, agilidade e potência.

Ainda há muito para avançar no conhecimento da Astronomia e o quanto os astros podem influenciar a nossa vida, tanto no aspecto físico e individual, quanto no aspecto mental e coletivo.

Veja mais conteúdos sobre este tema no nosso post sobre Calendário Lunar 2025.

Referências:

Girardi Schappo, Astronomia: os astros, a ciência, a vida cotidiana.

 

1 comentário em “Astros – fatos que nos conectam”

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