José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico e irmão do presidente Lula da Silva, está sob investigação da Polícia Federal (PF).
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Contexto da Investigação

A Operação Sem Desconto, deflagrada em 23 de abril de 2025 pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU),
apura um esquema de descontos associativos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas.
Estima-se que, entre 2016 e 2024, cerca de R$ 6,3 bilhões tenham sido descontados indevidamente de beneficiários do INSS por diversas entidades, incluindo o Sindnapi.
Durante a operação, foram cumpridos 211 mandados de busca e apreensão em 14 estados e no Distrito Federal.
Além disso, seis servidores públicos foram afastados de suas funções, incluindo o então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que posteriormente pediu demissão.
Envolvimento do Sindnapi e do irmão do Lula
O Sindnapi, do qual Frei Chico é diretor vice-presidente, foi uma das entidades alvo da operação.
A investigação aponta que o sindicato teria aumentado significativamente sua arrecadação nos últimos anos,
com um crescimento de 78% entre 2020 e 2021, após uma queda durante a pandemia de COVID-19.
Apesar de sua posição na diretoria do Sindnapi, Frei Chico não foi alvo direto de mandados nesta fase da operação e, até o momento, não é formalmente investigado.
Em declarações à imprensa, ele afirmou que o sindicato está tranquilo e que espera que a PF investigue “toda a sacanagem”
no INSS, destacando que a entidade já foi auditada anteriormente.
Repercussões Políticas
A presença de Frei Chico na diretoria de uma entidade sob investigação tem gerado repercussões políticas.
Analistas apontam que, mesmo sem envolvimento direto comprovado, a associação do irmão do Lula a um sindicato investigado,
pode ser explorada por adversários políticos e complicar a imagem do governo.
Até o momento, o presidente Lula não se pronunciou publicamente sobre o caso.
Funcionamento do esquema
Segundo as investigações, na prática, as associações ofereciam serviços como desconto em academias e planos de saúde, mas não tinham estrutura para tal.
Dessa forma, cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles.
Em muitos dos casos, as associações falsificavam a assinatura dos beneficiários do INSS.
Fonte: G1 Notícias.
Ressarcimento ainda não previsto
Quanto ao ressarcimento dos valores indevidamente descontados, Carvalho informou que não pode dar prazo,
porque o governo precisa passar um pente-fino em todos os descontos, o que dependerá do levantamento a ser executado por um grupo de trabalho que será montado.
“Não tem como dar prazo para quando aposentados descontados ilegalmente serão restituídos. Aqueles aposentados que tiveram ilegalmente os descontos, nós, governo federal, vamos garantir a restituição”, declarou o ministro da CGU.
Débora Floriano ressaltou que nem todos os valores descontados dos 6 milhões de segurados são irregulares e reiterou que as retiradas indevidas serão ressarcidas.
“Não conseguimos precisar quais descontos são irregulares. A ação de ressarcimento faz parte de um plano que será apresentado oportunamente”, explicou a diretora do INSS.
Fonte: agênciaBrasil
União e resposta do atual AGU
Em vídeo nas redes sociais, o advogado-geral da União, Jorge Messias, disse que os trabalhos do órgão se concentrarão em duas frentes:
colaborar com o INSS para eliminar as fragilidades nos convênios e assegurar o ressarcimento dos valores com comprovação de descontos indevidos.
“Toda vítima que for identificada, tendo prejuízo apurado e comprovado, nós vamos estar ao lado das vítimas para que, de fato, os recursos dessa fraude bilionária sejam ressarcidos”, disse Messias.
Fonte: agênciaBrasil
Conclusão
Embora Frei Chico não seja formalmente investigado, o envolvimento do Sindnapi na operação levanta questões sobre a gestão de entidades representativas de aposentados e pensionistas.
As investigações continuam em andamento, e novas informações podem surgir à medida que o caso se desenvolve.