Entenda como funciona a Dopamina que, além de trazer felicidade, também pode inibir a mesma sensação tão boa e benéfica.
Matérias relacionadas:
O que é Cognição e Reserva Cognitiva;
Intestino, cérebro e o nosso microbioma;
Musculação o segredo para a longevidade;
Imagine comer a sua sobremesa favorita, com a pessoa que você mais gosta, no seu lugar preferido no mundo.
Nada mal não é? Se só de pensar nisso, você já ficou mais animado,
pode ser que a ideia tenha causado uma descarga de dopamina –
um mensageiro químico produzido pelo cérebro, e que traz sensação de felicidade e prazer.

Funções da Dopamina
Viajar de férias, comer algo gostoso, se apaixonar.
Em geral, essas sensações agradáveis passam pela dopamina.
Não à toa, ela às vezes é chamada de molécula da felicidade ou do amor.
A dopamina é um neurotransmissor, ou seja, uma molécula que funciona como mensageira química.
Ela permite a comunicação entre os neurônios, o resto do sistema nervoso e os órgãos do corpo.
Uma das funções principais é ativar nosso sistema de recompensas no cérebro, para indicar quando uma experiência está sendo ou não prazerosa.
Os neurotransmissores como a dopamina são tão vitais que qualquer desarranjo neles, pode afetar seriamente as funções do organismo.
Esta informação é muito importante para mensurar mais à frente neste assunto a importância desse tema.
Papel no desempenho da memória e Personalidade
No processo de formar memórias duradouras, o cérebro vincula memórias e informações à emoções.
Experiências de aprendizagem que contenham alguma carga emocional, especialmente as mais positivas, podem se reter por mais tempo na memória.
Alguns estudos científicos sugerem ainda que esse neurotransmissor pode estar relacionado a traços de personalidade.
A ideia é que a quantidade de dopamina presente em regiões específicas do cérebro pode indicar se uma determinada pessoa é tranquila, extrovertida ou facilmente estressável.
Dopamina e vício
A busca pelo prazer associado à dopamina pode levar ao vício em drogas.
Uma hipótese investigada por cientistas é se o neurotransmissor pode reforçar ou não os efeitos negativos das drogas no cérebro.
A mesma lógica de anseio por sensações prazerosas, favorece o consumo excessivo de fast-food, comidas açucaradas, pornografia e redes sociais, para citar alguns exemplos.
Existe ainda um outro aspecto: a dopamina é essencial para a nossa motivação.
Um estudo da Universidade College, de Londres, indica que os transtornos de dopamina estão ligados a sentimentos como baixa motivação, pessimismo, desesperança e anedonia.
Embora as pesquisas sobre depressão foque em outros neurotransmissores, como serotonina e noradrenalina,
a dopamina pode ter um papel tão importante quanto no processo depressivo, afirma o UCL.
De um lado, baixa produção de dopamina está associada à depressão, transtorno de déficit de atenção e até Parkinson.
De outro, o excesso pode favorecer à esquizofrenia e transtorno bipolar.
Como manter os níveis seguros
Praticar atividades que exige concentração duradoura, como meditação e leitura;
atividades físicas cardiorespiratórias como yoga, pilates, corridas e pedaladas longas, podem contribuir para manutenção desses níveis e podem produzir outros tipos de neurotransmissores.
Existe uma tendência que tem se popularizado na indústria tecnológica, chamada “jejum de dopamina”.
A ideia é que o excesso de telas, redes sociais e gadgets pode ter deixado nosso cérebro anestesiado por tantas descargas de dopamina.
Ao dar um tempo das telas, poderíamos, segundo esta teoria, promover um reequilíbrio químico no cérebro e seríamos capazes de aproveitar com qualidade o tempo que possuímos.
Para concluir, no caso de qualquer alteração no seu estado de ânimo que pareça persistente, ou fora do controle, é bom buscar ajuda profissional.
1 comentário em “Dopamina – Sensação de Felicidade”
Pingback: ‘Adolescência’ – série levanta discussões - Feed Atualidades