O que é o Whey Protein, quais são as suas diferentes versões, quem pode se beneficiar do seu consumo e qual o seu papel no ganho de músculos.
Se pratica atividades físicas e tenta manter uma rotina saudável, muito provavelmente já deve ter visto ou ouvido falar do Whey Protein.
Esse suplemento de proteínas em pó derivadas do leite viraram uma maneira prática de aumentar a ingestão proteica.
Algo essencial para a recuperação e construção muscular.
Então, a conclusão rápida é: sim, faz sentido tomar Whey Protein para ajudar no ganho de massa muscular.
Porém, isso não quer dizer que precisamos dele, ou que os resultados serão milagrosos.
Afinal, ganhar massa magra envolve mais do que apenas alimentação.
O que são as Proteínas
Proteínas estão presentes em todo o corpo físico de diversos tipos de organismos.
No corpo humano, estão presentes nos músculos, ossos, pele, cabelo, além de estar praticamente em todos os tecidos e órgãos.
E não é pouca coisa: são mais de 10 mil tipos diferentes, cada um com uma função específica e todos feitos a partir dos aminoácidos.
Os aminoácidos são como bloquinhos de construção das proteínas, pedaços que podem se combinar de diversas formas para criar diferentes tipos de proteína.
É graças às proteínas que o nosso corpo recupera tecidos, transporta substâncias pelo sangue e até produz hormônios e anticorpos.
Em meio a tantos processos importantes, um dos poderes mais populares da proteína é a construção de músculos.
Quando fazemos exercícios de resistência, como musculação, as fibras musculares do corpo sofrem pequenas lesões.
Para se recuperar e ficar mais forte, o corpo precisa de aminoácidos, que vêm das proteínas.
É assim que os músculos crescem e se adaptam ao esforço.
No entanto, se a ingestão de proteína for insuficiente, esse processo fica incompleto e o ganho de músculos prejudicado.
Quanta Proteína é necessário consumir?
As proteínas estão presentes em alimentos como carnes, ovos, e laticínios – leite, iogurte e queijo.
Estão também em leguminosas como o feijão, lentilha e grão-de-bico.
As recomendações de ingestão de proteínas variam em função do peso, da massa muscular e da atividade física que cada indivíduo desenvolve.
Estamos falando apenas da manutenção desse corpo, tal qual está desenvolvido.
Entretanto, se o objetivo é aumentar a massa muscular, é necessário fazer um cálculo que nos leva a consumir bastante proteína!
A Sociedade Internacional de Nutrição Esportiva estima que a ingestão deve ser de 1,4 a 2 gramas de proteína por cada quilo do nosso peso, diariamente.
Portanto, para uma pessoa de 70Kg, por exemplo, a recomendação seria cerca de 119g de proteína por dia.
Só para estimar isso na prática, pois cada indivíduo tem demandas exclusivas e deve sempre buscar auxílio profissional, podemos exemplificar como seria a ingestão dessa quantidade de proteínas:
3 ovos no café da manhã;
Filé de frango no almoço;
Copo de iogurte grego, 12 amêndoas e três colheres de sopa de queijo cottage no lanche;
Bife bovino no jantar;
Isso sem contar os demais macronutrientes que o corpo precisa.
Dá para ver que é uma meta bem rigorosa e difícil de cumprir, poucas pessoas vão pensar tanto assim em ingerir tanta proteína ao longo do dia.
É aí que o Whey Protein pode surgir como uma alternativa prática para complementar a ingestão de proteínas.
Uma dose do suplemento tem cerca de 25g de proteínas, quantidade semelhante a de um bife bovino, um filé de frango ou 4 ovos.
Whey Protein, de onde vem:
O Whey é composto por proteínas extraídas do soro do leite, rico em aminoácidos essenciais, fundamentais para a recuperação e o crescimento muscular.
Um subproduto do queijo fabricado a partir de leite da vaca, cerca de 20% das proteínas são de soro de leite e 80% caseínas.
Enquanto no leite humano 60% são proteínas do soro do leite e 40% são caseínas.
As proteínas representam apenas cerca de 10% do resíduo seco do soro do leite.

Whey Protein – Contraindicações:
Apesar de ser uma solução bastante conveniente, dá para tomar whey protein com água em qualquer lugar. Há contraindicações:
Para pacientes com doença renal crônica, o consumo excessivo de proteínas pode sobrecarregar os rins e piorar o quadro.
O limite seguro depende do estágio da doença e todo paciente precisa de acompanhamento nutricional.
Aliás, mesmo que não tenhamos comorbidades, é fundamental consultar um médico ou nutricionista antes de aderir a qualquer suplemento.
O tipos de Whey Protein
Existem três tipos de Whey Protein no mercado, que se diferenciam por dois fatores.
Um, a forma como o corpo processa a proteína;
Dois, a composição nutricional;
Whey concentrado
Apesar do nome, essa versão tem uma concentração menor de proteína, com mais carboidratos e gorduras. Por isso costuma ser mais barato.
Whey isolado
Tem pelo menos 90% de proteína e menos gordura e lactose.
Whey hidrolisado
Quebra as proteínas em fragmentos menores, o que facilita a absorção. Este costuma ser indicado para quem tem problemas digestivos, intolerância severa à lactose ou para atletas que buscam uma absorção ultrarápida.
Embora o Whey Protein venha do leite, existem alternativas veganas feitas a partir de fontes como ervilha e soja.
Conclusão
Mesmo sendo uma solução muito prática, que facilita o nosso dia a dia e que nos trás muitos benefícios, este suplemento não é milagroso.
Profissionais de saúde e nutrição, bem como toda a literatura que aborda o tema, apontam para outros fatores de grande importância para o desenvolvimento muscular saudável.
Além da alimentação, é fundamental a realização de exercícios físicos de alta performance, hidratação e sono de qualidade.
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